Seguidores

terça-feira, 21 de julho de 2009

Pesquisa sobre as percepções e reações da sociedade sobre a violência contra a mulher...


Entre 2006* e 2009 aumentou de 51% para 55% o número de entrevistados que declararam conhecer ao menos uma mulher que já sofreu ou sofre agressões de seu parceiro ou ex. Este percentual confirma a tendência de crescimento observada nos últimos levantamentos e indica que é contínuo o avanço da discussão sobre violência doméstica na sociedade.
Vamos a um resumo da pesquisa:

Segmento feminino tem mais conhecimento de agressão a mulheres (62%):

As mulheres expressam maior familiaridade com esse drama, apresentando um significativo aumento do nível de conhecimento sobre casos de agressão. Em 2006, 54% das mulheres afirmaram conhecer ao menos um caso de violência contra a mulher. Já em 2009, com a Lei Maria da Penha em vigor, este percentual subiu para 62%, enquanto entre os homens não houve alteração.

Com medo de morrer, mulheres não abandonam agressor:


A pesquisa perguntou aos entrevistados qual razão ele via no fato de a mulher agredida continuar a relação com o agressor: 24% disseram que é a falta de condições econômicas para viver sem o companheiro e 23% citaram a preocupação com a criação dos filhos. O terceiro motivo chama a atenção pela gravidade: 17% dos entrevistados acreditam que as mulheres não abandonam o agressor com medo de serem mortas caso rompam a relação.


Razões que levam uma mulher a continuar a relação com o agressor:

O medo da morte foi citado em maior porcentagem pelos segmentos de menor poder aquisitivo e menos escolaridade e pelos entrevistados mais jovens.

39% dos que conhecem uma vítima de violência tomaram alguma atitude de colaboração:

Dos entrevistados que têm conhecimento sobre casos de violência doméstica, 39% tomaram alguma atitude de colaboração com mulher agredida, enquanto 17% preferiram se omitir. As mulheres demonstram maior disposição em contribuir com as vítimas: 47% delas tomaram algum tipo de atitude, enquanto o percentual de homens que agiram foi de 31%.

Conversar com a vítima é a forma de contribuição mais usual (23%) entre as mulheres, seguida da orientação de busca de ajuda jurídica/policial (20%)

56% apontam a violência doméstica contra as mulheres dentro de casa como o problema que mais preocupa a brasileira :

Homens e mulheres ouvidos – independentemente de terem sido vítimas ou não de agressão – afirmam que a violência contra a mulher dentro de casa é o tema que mais preocupa as brasileiras. Esta preocupação vem crescendo desde 2004, quando 50% pensavam assim, subindo para 55% em 2006 e para 56% em 2009.

Na prática, a maioria não confia na proteção jurídica e policial à mulher vítima de agressão

44% acreditam que a Lei Maria da Penha já está tendo efeito:

Mesmo desacreditando nos responsáveis pelo cumprimento da legislação, um número significativo de entrevistados (44%) acredita que a Lei Maria da Penha, que prevê medidas preventivas e penas mais duras para o agressor, vai contribuir de fato para o fim da violência doméstica.

No entanto, mesmo acreditando em mudanças, 29% dizem que vai levar tempo para se ver o efeito da Lei. E 14% afirmam que as leis não são e não serão cumpridas.


Para população, questão cultural e álcool estão por trás da violência contra a mulher:

36% dos entrevistados acham que a violência doméstica ocorre por uma questão cultural, “o homem brasileiro é muito violento” e “muito homem ainda se acha dono da mulher”. Outros 38% atribuem a violência ao alcoolismo. A atribuição ao “machismo” é maior no grupo de maior escolaridade (38%). O abuso do álcool aparece mais na região Sul, no grupo com escolaridade entre a 5ª e 8ª série fundamental e especialmente nas cidades menores, onde 52% relacionam a violência doméstica ao álcool.


Exemplo dos pais e campanhas podem prevenir violência na relação entre homens e mulheres:

48% dos entrevistados disseram que o “exemplo dos pais aos filhos, com um relacionamento respeitoso e igualitário”, é a atitude mais importante para que a relação entre homem e mulher se dê com respeito e sem violência. Essa porcentagem aumenta entre os mais jovens (52%) e entre os moradores da periferia (56%).

A segunda opção são as “leis mais duras para punir o companheiro violento”, com 19%. 13% falam em campanhas educativas de prevenção na TV e no rádio; 11% destacam a mudança na criação dos filhos homens; e 8% em debates nas escolas, empresas, clubes e igrejas.

4 comentários:

  1. É muito difícil a situação da mulher diante da violência. Muitas vezes não denuncia não porq não quer, mas porq sabe da lerdeza da justiça. Bj, querida.
    Ah! Estou levando o selinho da paz e contra pedofilia.

    ResponderExcluir
  2. Hunm poste maneiro, sendo que penso que seja uma grande mal da humanidade, pois a mulheres que são que nos geram e depois cuidam de nós nos primeiros anos de vida...

    Fique com Deus, menina Patty.
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  3. olá venho conhecer seu cantinho lindo e bem informativo gostei dessa postagem te ofereço meu award com carinho pois aprovei seu cantinho com muito respeito ....
    passa lá´até mais

    ResponderExcluir
  4. Patty, você já faz a diferença, pela divulgação, e informação da violencia contra "nós mulheres", continue na luta, bjus!!!!!

    ResponderExcluir

Agradeço o carinho de sua visita!
Fique a vontade para deixar o seu comentário, dica ou sugestão.
Assim que possível, o seu comentário será respondido aqui.
Volte sempre!
Beijos com afeto.

Sou todas as renúncias que a vida me impôs...e todos os sacrifícios que o amor me implorou...

Sou todas as renúncias que a vida me impôs...e todos os sacrifícios que o amor me implorou...

Pequenos momentos mudam grandes rotas.

Pequenos momentos mudam grandes rotas.